Lula afirma que ‘não pode dizer que não houve corrupção’, admite erros de Dilma e fala em ‘pacificar o país’

Quem cometer erro, será investigado", diz Lula no "JN"

O ex-presidente e candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira (25) em entrevista ao Jornal Nacional que “não pode dizer que não houve corrupção” na Petrobras em governos petistas. Ele ainda admitiu erros da ex-presidente Dilma Rousseff na economia e disse que quer pacificar o país.

Lula é o terceiro candidato a ser entrevistado nesta semana pelo JN. Logo no início da entrevista, Lula foi questionado sobre casos de corrupção na Petrobras durante governos petistas, investigados pela Operação Lava Jato. Ele lembrou que investigados que fizeram delação premiada confessaram a corrupção. Diante disso, segundo Lula, não há como dizer que não houve irregularidades.

Outro tema da entrevista foi a economia. Lula foi questionado se, caso eleito, adotará políticas econômicas do seu governo ou as do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, sua aliada e sucessora. Nos úlitmos anos da gestão de Dilma, o país viveu uma forte crise econômica. Lula reconheceu erros do governo de sua aliada. Ele citou a “questão da gasolina”, em referência ao fato de Dilma ter segurado artificialmente os preços. Ele também criticou as desonerações para o setor produtivo concedidas pela ex-presidente.

Lula falou sobre pacificar o país quando foi questionado sobre MST. Ao dizer que o MST não é mais o mesmo de 30 anos atrás, ele emendou com uma fala de que fazendeiros apoiam Bolsonaro porque o presidente está facilitando acesso a armas de fogo no campo.

Mas, segundo Lula, arma não é a solução.