Os clubes da Série A passaram a segunda-feira toda se comunicando em busca de um consenso por uma paralisação do Brasileirão por causa do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Ainda não houve unanimidade entre os times, além de a CBF não ter certeza de essa ser a melhor ideia para o momento.
Presidentes e diretores de Internacional, Grêmio e Juventude conversaram com outros clubes explicando que não faz sentido adiar apenas as rodadas deles. Haverá um desequilíbrio no campeonato com partidas encavaladas apenas para o trio lá na frente. Eles também explicam que, no momento, não estão nem em condições de treinar.
Ontem, o Internacional tornou público o pedido que fez por meio da Federação Gaúcha de Futebol, que faz a interlocução com Ednaldo Rodrigues, que não está convencido de que a paralisação geral é a melhor solução.
A CBF enumera uma lista de dificuldades para que isso aconteça. A primeira delas é o calendário. Com apenas três times perdendo as suas partidas, é mais fácil encontrar uma janela para a remarcação, com eventuais datas que ficariam livres com as eliminações dos times na Copa do Brasil e nas competições internacionais.
Se todos os times tiverem seus jogos cancelados, essas janelas serão mais raras. No momento, a entidade entende que esticar o calendário não é o ideal por que isso já comprometeria o começo de 2025, ano que deve ter o Mundial de Clubes como grande dificuldade para a montagem do calendário.