A Lagoa de Genipabu, no município de Extremoz, região Metropolitana de Natal, encheu após 11 anos. A elevação no nível de água da localidade foi motivada pelas constantes chuvas que tem caído na região desde 2019. A Lagoa de Genipabu é formado por um relevo privilegiado no trecho, além de um lençol freático mais superficial. Esse espaço favorece a formação de pequenas lagoas, que, em situações de cheias se unem.
Assim, dois corpos d’água (ou lagunas) se conectaram completamente formando um único reservatório no meio das dunas. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), essa união não ocorre desde 2009, porque o volume de água recebido era insuficiente.
De acordo com o Idema, essas cheias são importantes para o meio ambiente e para a fauna local. O diretor geral do órgão, Leon Aguiar, explica que com mais água nas lagoas aumenta também a reprodução de peixes, fazendo com que os alevinos fiquem mais protegidos de predadores e possam crescer com mais segurança. “Há muito tempo não se registrava tantas chuvas na localidade. O que é considerado uma boa oportunidade para a recuperação das lagoas e dos nossos mananciais”, disse.
O aumento do volume e da área da lagoa beneficia também a manutenção da população de jacarés-do-papo-amarelo que vivem no local. “A lagoa de Genipabu não é boa apenas para o turista ou para as espécies aquáticas. Esse corpo de água doce no centro da unidade é essencial para manutenção da rica diversidade de animais terrestres”, falou o gestor da Área de Proteção Ambiental de Jenipabu (APAJ), Tiego Costa.