Uma vacina pode bloquear a ação do vírus zika durante a gestação, além de proteger o feto de complicações como a microcefalia. A nova tecnologia foi desenvolvida por cientistas do Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, em parceria com pesquisadores norte-americanos, e testada em macacos. Os resultados, detalhados na última edição da revista Nature Communications, são promissores: filhotes de fêmeas contaminadas não nasceram com a malformação congênita. A equipe também detectou indícios de que o micro-organismo provoca esterilidade em machos.
A fórmula testada foi desenvolvida por meio de uma tecnologia que utiliza o vírus vivo atenuado. Com apenas uma dose, conseguiu-se estimular o sistema imunológico das cobaias, protegendo-as do patógeno. A mesma quantidade aplicada no início de gestação evitou o contágio dos fetos — condição avaliada na oitava semana de gravidez. Estudos têm sinalizado que o primeiro trimestre da gestação é o período de maior risco para o bebê.