A Polícia Civil do Espírito Santo afirmou na manhã desta segunda-feira (28) que o adolescente que planejou e executou o atentatou que matou quatro pessoas e deixou ao menos 12 feridos na cidade de Aracruz, na sexta-feira (28), se aproveitou da saída dos pais de casa para manusear duas armas do pai e sair para cometer a ação. Além disso, segundo o delegado responsável pelo caso, o jovem almoçou com os pais após a tragédia.
“O pai e a mãe saíram uma hora antes dele para ir ao centro de Aracruz fazer compras e isso demandaria tempo, então, ele aproveitou esse momento para cometer o atentado. Ele se apossou de objetos no interior da casa, em especial das duas armas de fogo. Depois, cobriu as placas dos veículos”, diz o delegado André.
Depois dos ataques, ele retornou para casa e os pais chegaram. “Ele reage naturalmente, como uma rotina comum da família, almoçam e vão a uma segunda casa”, diz a investigação. “No primeiro momento, ele nega o ato, mas, logo em seguida confessou e retornou com os policiais para que pudéssemos apreender todos os objetos.”
Segundo a polícia, o adolescente afirmou que teria sofrido bullying. Com isso, a partir de 2020 ele começaria a planejar como executaria essa ação. “Isso foi alimentando esse sentimento de ódio. Ele fazia acompanhamento com psicólogo e psiquiatra.” Ele era instrospectivo, falava pouco com a família, disse a polícia.
Em relação à dinâmica das ações, a polícia diz ainda que ele decidiu que no momento em que tivesse oportunidade se apossaria de duas armas de fogo na casa para cometer esse atentado em duas escolas mais próximas de sua casa. Para isso, sempre que tinha oportunidade, ele manuseava as armas sem conhecimento dos familiares a fim de criar familiaridade com os equipamentos.