Vejamos o que defende o historiador padre Gleiber Dantas:
Neste 31 de julho de 2020, nós celebramos 232 anos de nossa emancipação política. Em seu livro “Caicó – Subsídios para a história completa do município”, Padre Eymard L’Eraistre Monteiro escreve: “Em 31 de julho de 1788, passou a Vila, com o nome de Vila Nova do Príncipe, em honra ao futuro Dom João VI. É esta a data em que foi criado o Município”.
Vejamos o processo de nossa constituição:
Em 1735, deu-se a fundação da Povoação do Caicó.
Em 1748, foi criada a Freguesia da Senhora Santa Ana do Seridó, cuja sede está na Povoação do Caicó, onde é construída a Igreja Matriz, que é hoje a nossa Catedral.
Em 1788, acontece a nossa emancipação política, ou seja, surge um novo município, cuja sede é a Povoação do Caicó, que, naquele momento, recebe o nome de Vila Nova do Príncipe.
Em 1868, a sede da municipalidade que foi emancipada em 31 de julho de 1788 passa a ser não mais chamada de Vila Nova do Príncipe, mas Cidade do Príncipe.
A confusão é a seguinte: nos dias atuais, quando surge um novo município, a sede do município já é chamada de cidade; em 1788, não era assim: a sede do novo município, emancipado politicamente, foi a Vila Nova do Príncipe que, com oitenta anos de emancipação política, passou a ser chamada de Cidade do Príncipe. É como uma pessoa que, quando se casa, altera o seu nome, mas a sua identidade já estava definida. O município de Caicó foi emancipado politicamente em 31 de julho de 1788, como, inclusive, escreve o Professor Adauto Guerra Filho, em seu recente livro “Caicó e sua história no tempo”.
Assim, parabéns Caicó, por seus 232 anos de emancipação política.
Padre Gleiber Dantas – Florânia, 31/07/2020.