A juíza Placidina Pires, do Tribunal de Justiça de Goiás, afirmou, em decisão obtida pelo UOL, que as investigações indicam que o Padre Robson de Oliveira usava laranjas e empresas de fachada para esconder supostos desvios de doações dos fiéis para a construção da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO). Oliveira presidia a Afipe (Associação Filhos do Pai Eterno) e outras entidades ligadas à associação e é investigado no caso. Ele pediu o afastamento dos cargos e diz que confia na Justiça. O Ministério Público de Goiás apura suspeitas de desvio de doações dos fiéis e a compra e venda de imóveis como casas, apartamentos e fazendas em diferentes estados.
Segundo a juíza, o uso de laranjas e empresas de fachada seria uma estratégia usada pelos investigados para dificultar o rastreamento do dinheiro desviado. Os procuradores reúnem provas para acusar os investigados de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica.