Será mais emocionante do que o habitual a tradicional lavagem da Marquês de Sapucaí. Neste domingo, a uma semana dos desfiles do Grupo Especial, a Passarela do Samba ganha doses generosas de água e sabão. E suor. E lágrimas também, por que não? É o que garantem os foliões. No único ensaio técnico do ano no Sambódromo, as campeãs de 2017 Mocidade e Portela testam seus enredos (e a luz e o som da Avenida) diante de uma arquibancada aberta ao público.
— O carnaval já sofreu tantas agressões neste ano tão combalido. Temos que manter a chama! — atesta Luis Carlos Magalhães, presidente da Azul e Branco de Madureira, referindo-se ao significativo corte de verbas para a festa momesca de 2018.
Não à toa, o roteiro do habitual “esquenta” das escolas será quebrado desta vez. Para tentar amenizar a ausência dos ensaios técnicos oficiais, a Portela levará à Avenida, neste domingo, 20 integrantes de cada agremiação do Grupo Especial que não pôde testar sua harmonia na Sapucaí. Os adversários serão divididos entre as alas, como se formassem carros alegóricos. A intenção é driblar a crise de um jeito amistoso, com solidariedade aos colegas.