Dirigido por Mehmet Ada Öztekin, Milagre na Cela 7 é um remake do popular filme sul-coreano de 2013, com o mesmo nome (houveram também versões nas Filipinas e na Indonésia). Ele conta a história de Memo (Aras Bulut Iynemli), homem com deficiência intelectual que vive em um vilarejo no interior da Turquia, nos anos 1980. Pai de Ova (Nisa Sofiya Aksongu), ele é acusado injustamente pela morte da filha de um militar, e acaba condenado à morte.
Não é a toa que o filme esteja fazendo sucesso diante de um momento de imensa fragilidade, ele é de chorar e para chorar.
Milagre na Cela 7 permite os espectadores refletirem sobre temas sensíveis como a intolerância e a dificuldade em ouvir o outro. Apesar do sofrimento rodeia as situações da narrativa, aos poucos Memo deixa de ser um suposto assassino para se tornar um ser humano para as pessoas com quem ele se relaciona. Ou seja, isolados, eles tiveram tempo de enxergar quem realmente é aquele rapaz. Será que não é algo que se pode tirar nesta quarentena? Mudar nosso olhar sobre nossa própria família, o próximo?