Após uma saída conturbada da Record, Marcos Mion assinou com a Globo e ganhou a difícil tarefa de comandar e levar uma nova identidade para o Caldeirão, que por 21 anos foi apresentado por Luciano Huck. Em setembro de 2023, Mion completa dois anos à frente do programa, mas intriga porque ele não evoluiu como apresentador. Na tela da líder de audiência, incorporou um personagem de adolescente descolado que cansou e que lembra o tio do pavê do final de ano.
Na nova emissora, Mion não ganhou mais prestígio de quando estava liderando A Fazenda na Record e isso chama muito a atenção. Durante sua passagem pelo reality rural, seu nome era quase uma unanimidade nas redes sociais, um cenário totalmente diferente de agora. E foi justamente seu engajamento no digital que o levou à Globo.
Um dos motivos é que no Caldeirão, Marcos Mion é over. O tom de voz, a empolgação, o choro e a alegria são exagerados e soa ao público como uma companhia não tão verdadeira nas tardes de sábado. Todos os sentimentos no palco parecem que estão indicados na tela do teleprompter. O entusiasmo de Mion por ser contratado da Globo foi um case interessante no início do seu vínculo com a emissora, mas agora parece puxa-saquismo e isso não é bom.
Como produto, o Caldeirão com Mion virou um eterno déjà-vu. Quem assistiu no último sábado (19), vai assistir a mesma coisa na próxima semana. Atração enfrenta uma mesmice com quadros fixos como o Tem ou Não Tem, Sobe o Som, Mamãe, eu tô na Globo! e o roteirizado ABC do Mion.