Com cruzes brancas nas mãos, enfermeiros realizaram na manhã desta sexta-feira (1o) um ato em memória dos colegas que morreram enquanto trabalhavam no combate ao coronavírus. Mais de 4.600 profissionais da área já foram afastados por suspeitas de terem sido contaminados e 65 vieram a falecer, segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem.
A manifestação também foi um protesto sobre a falta de condições de trabalho dos enfermeiros, que não estão tendo acesso a EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários para atuar com segurança na linha de frente do combate ao coronavírus.
Para evitar aglomerações, apenas cinco profissionais se reuniram no Viaduto Beneficência Portuguesa, em São Paulo, com cruzes nas mãos e fotos dos enfermeiros que morreram em campo por causa da covid-19. A manifestação foi organizada pelo Movimento Ativistas da Enfermagem Brasileira, Associação Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Associação Brasileira dos Cuidadores.
O grupo também lançou a campanha “EPI é vida”, para arrecadar fundos para a compra de equipamentos de de proteção a profissionais de enfermagem.
Em Brasília enfermeiros também organizaram um ato em homenagem aos colegas mortos na Praça dos Três Poderes.
