Doenças tropicais e pandemia: prevenção é a palavra-chave

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A explosão de casos de covid-19 em quase todo o território nacional tem lotado hospitais e unidades de pronto atendimento, que estão trabalhando com sua capacidade máxima. A chegada do verão eleva ainda mais essa tensão. A estação mais quente do ano também é conhecida pela intensa propagação de vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, Zika e chikungunya.

Outro ponto de preocupação é que, devido à pandemia do novo coronavírus, o verão teve início com a ausência de um importante dado de vigilância epidemiológica: o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti, mais conhecido como LIRAa.

A combinação entre altas temperaturas e chuvas favorece o aumento da população do vetor com um duplo resultado: em contato com a água das chuvas, os ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos. Ao mesmo tempo, com as chuvas, aumenta a oferta de criadouros para as fêmeas do Aedes colocarem seus ovos. “Quanto maior a quantidade de insetos, maiores são as chances de transmissão dos vírus pelo Aedes. Precisamos redobrar a atenção com a chegada do verão”.

A recomendação principal é eliminar todos os recipientes que acumulem água. Quando não puderem ser descartados, a orientação é que sejam devidamente vedados ou, ainda, tratados.