Os casos de dengue, zika e chikungunya estão crescendo no Brasil. Os três vírus são transmitidos pelo Aedes aegypti, um vetor que se aproveita de lixo espalhado e locais mal cuidados e é favorecido pelo calor e pela chuva – característicos do clima desta época do ano. No site do Ministério da Saúde, o boletim epidemiológico mais recente afirma que já foram registrados 204.159 casos prováveis de dengue neste ano, 17.411 casos de chikungunya e 754 casos de zika.
As três doenças têm sintomas parecidos, mas evoluem de forma diferente e, portanto, é importante ter o diagnóstico correto.
A infectologista Ana Helena Germoglio explica que é necessário observar sutilezas para diferenciar as três enfermidades, pois os sintomas mais comuns – febre, dor no corpo e manchas vermelhas – coincidem.
Chikungunya
De acordo com ela, entre as três, a chikungunya é a que provoca mais dores no corpo. “São dores articulares que se prolongam até depois do paciente ter se livrado do vírus”, explica a médica.
Dengue
No caso da dengue, além de febre, dor no corpo e manchas, costuma aparecer uma dor atrás dos olhos e, nos casos mais graves, sangramentos nas mucosas, como a boca e o nariz. “Quando há sangramentos as plaquetas estão baixas e o paciente precisa de suporte médico urgente”, afirma Ana Helena.
Zika
Os sintomas da zika são iguais aos da dengue, só que a infecção não costuma ser tão severa e passa mais rápido. Há, no entanto, um complicador caso a pessoa infectada esteja grávida. Nestas situações, a doença pode prejudicar o bebê em formação causando microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, no qual o sistema nervoso passa a atacar as células nervosas do próprio organismo.