Uma advogada foi condenada a três anos e seis meses de reclusão pelo crime de organização criminosa no Rio Grande do Norte. A investigação apontou que ela trocava mensagens com um detento dentro do presídio e levava mensagens dele para comparsas do lado de fora. Essa é a terceira condenação do tipo, contra advogados do estado, em três semanas. A advogada foi alvo da Operação Carteiras, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, em julho de 2022. A investigação apontou que a advogada exercia a função de “gravata”, nome dado aos advogados dentro da estrutura do grupo que exercem a função de mensageiros.
A profissional foi investigada pelo MPRN no período entre janeiro de 2021 e junho de 2022. Em 12 de julho de 2021, na penitenciária estadual Rogério Coutinho, ela foi flagrada trocando ‘catataus’ (bilhetes) com um presidiário, membro de uma facção que atua dentro e fora das unidades prisionais do estado..
No bilhete apreendido, o detento repassava ordens para os faccionados libertos de sua ‘quebrada’ (local onde domina). O detento com quem a advogada trocou mensagens também foi condenado. Ele recebeu nova pena de 5 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão.