A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e da sua esposa Michelle informaram que o casal ficará em silêncio diante da Polícia Federal nesta quinta-feira. Em ofício, os advogados afirmaram que eles só “prestarão depoimento” ou “fornecerão declarações adicionais” quando o caso sair do Supremo Tribunal Federal (STF) e for remetido à primeira instância.
“Os peticionários, no pleno exercício de seus direitos e respeitando as garantias constitucionais que lhes são asseguradas optam por adotar a prerrogativa do silêncio no tocante aos fatos ora apurados”, diz a nota assinada pelos advogados Paulo Amador Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten.
A defesa argumenta que eles só falarão quando estiverem “diante de um juiz natural competente” – ou seja, quando o caso do suposto desvio das joias não for mais conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
No texto, os advogados afirmam que Moraes não tem prerrogativa para tocar o processo, que, segundo eles, deveria ser transferido à 6ª Vara Federal de Guarulhos, em São Paulo. Os defensores citam como justificativa uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que requereu o “declínio de competência” do caso.