FaceApp: evitar o aplicativo é preservar a sua privacidade e seus dados pessoais

FaceApp: evitar o aplicativo é preservar a sua privacidade e seus dados pessoais

Em mais um daquele movimentos que surgem nas redes sociais e saem arrastando multidões, o FaceApp ressurgiu nos últimos dias mostrando para os internautas o que seria uma possível versão masculina ou feminina. A ferramenta, assim como fez no ano passado, quando liberou a funcionalidade que “prevê” o futuro e mostra a versão do internauta daqui a alguns anos, utiliza de inteligência artificial para produzir as imagens alteradas.

É um modelo muito parecido com o utilizado pelos sistemas de reconhecimento facial, as premissas são as mesmas, afinal estamos falando da mesma matéria prima: os rostos de milhões de pessoas.

O debate sobre os limites do uso de inteligência artificial e de ferramentas de reconhecimento facial vem ganhando força em diversos países e estimulado questionamentos sobre privacidade.

O fenômeno FaceApp não é menos pior do que câmeras de segurança que utilizam reconhecimento facial espalhadas em ambientes públicos, como aeroportos, estações de trem e metrô. Somos todos vigiados. Mas, diferente dos dispositivos de monitoramento, com o aplicativo o usuário tem opção de escolher ter sua imagem armazenada e o faz mesmo sem ler os termos de uso, sem pesquisar para quem está fornecendo os dados e qual é o modelo de negócio da empresa.

Para além da investigação que sofre do FBI desde o ano passado e da polêmica envolvendo acusações de racismo por fazer o branqueamento de negros com um filtro que supostamente promovia o embelezamento, o FaceApp precisa ser evitado pelos internautas porque não dá sinais de que a proteção de dados pessoais e a preservação da privacidade dos usuários estão entre as prioridades da plataforma.